sexta-feira, 9 de setembro de 2011

No Meio do Mundo



Os jovens do Equador gostam de viver no centro das coisas, como, por exemplo, do planeta Terra. O evangelho ajuda os adolescentes a colocarem o Salvador no centro de sua vida.
Como será viver no meio do mundo, onde a distância até o polo norte é a mesma até o polo sul e onde você pode pisar com um pé no hemisfério norte e o outro no hemisfério sul? É fácil você começar a sentir que está no centro de tudo.
Mas os santos dos últimos dias adolescentes que moram perto do equador, no país da América do Sul chamado Equador, sabem que o verdadeiro centro de tudo é Jesus Cristo. E eles mantêm os dois pés no lado do Senhor da linha divisória.

O Vigor da Juventude em Quito

Quito, a capital, tem um pouco de tudo: Desde a arquitetura colonial tradicional até arranha-céus modernos. Trafegar pelas ruas movimentadas da cidade pode ser um desafio, tal como é desviar-se das tentações da vida. Para muitos adolescentes, o livreto Para o Vigor da Juventude se tornou um mapa do caminho.
“Gosto muito da parte do Para o Vigor da Juventude que diz que precisamos nos vestir adequadamente”, diz Maria Alejandra Cabeza de Vaca, 12 anos. “Certo dia, na escola, tivemos a permissão de vestir-nos da maneira que quiséssemos. Senti-me realmente mal porque algumas de minhas amigas se vestiram de modo pouco recatado. Eu disse a uma delas: ‘Vou trazer amanhã algo que irá ajudá-la muito’. Dei-lhe um exemplar de Para o Vigor da Juventude. Ela o leu e disse que sentiu que era verdadeiro, e não quis mais se vestir de modo pouco recatado. É muito bom compartilhar o que temos para que o mundo conheça as boas coisas que estamos aprendendo.”
Alejandro Flores, 13 anos, descobriu a importância de fazer e não só saber. “No domingo passado”, disse ele, “minha avó pediu que eu desse uma aula na reunião familiar sobre padrões de vestimenta, usando o livreto Para o Vigor da Juventude. Alguns de meus primos e eu tínhamos o costume de seguir os estilos do mundo, e senti-me pouco à vontade em dar a aula. Mas agora meus primos e eu estamos nos vestindo melhor.” Sua aula e seu exemplo ajudou a preparar seus primos para um importante acontecimento. “Eles serão batizados na semana que vem!” disse ele.
Para Christian Lizano, 14 anos, um dos tópicos mais importantes de Para o Vigor da Juventude é o serviço. “Prestar serviço deve ser o nosso padrão”, disse ele, “mesmo que seja algo bem simples como dar o lugar no ônibus. Coisas simples podem dizer muito a respeito dos membros da Igreja.”
Quando Ivanessa Romero, 15 anos, viu que estava seguindo o exemplo das amigas ao usar linguagem imprópria, ela soube que precisava mudar. Certo dia, ela disse às amigas: “De agora em diante, sempre que alguém disser uma palavra feia, vou cobrar uma moeda dessa pessoa”. Depois de alguns dias, ela tinha coletado quatro dólares! Suas amigas disseram: “Iva vai ficar milionária!” Usando o Para o Vigor da Juventude, Ivanessa incentivou as amigas a passarem a usar uma linguagem pura. “Elas estão progredindo”, disse ela. Nesse processo, ela aprendeu algo importante sobre o exemplo. “Percebi que minhas amigas estão procurando a luz. Todas as pequenas coisas que dizemos ou fazemos influencia as outras pessoas.”
Saríah Moya, 15 anos, fez amizade com uma moça que disse que ela e seus familiares eram ateus. Mas ela admirava os padrões de Saríah e sua disposição em ser fiel a eles mesmo tendo que enfrentar críticas. Elas conversaram muitas vezes a respeito do evangelho, Saríah deu-lhe um exemplar do Livro de Mórmon, elas oraram juntas e a amiga de Saríah foi com ela para a Igreja. “Ontem, ela foi a uma atividade das Moças, e cantamos um hino”, disse Saríah. “Depois disso, ela me disse: ‘Eu acredito em Deus’. Percebi que meu exemplo tinha ajudado alguém a encontrar o Pai Celestial.”
Ao longo dos últimos anos, Luis Miguel Meza, 17 anos, começou a sentir-se distante dos amigos que tinha conhecido desde seu primeiro ano na escola. “Eles começaram a fumar e a beber e a pressionar-me para que fizesse o mesmo”, disse ele. “Tive que ser forte para enfrentar muitas críticas.” Ele estudou fervorosamente a seção de Para o Vigor da Juventudesobre escolher os amigos com sabedoria. “À medida que o tempo foi passando, tive oportunidade de fazer amizade com pessoas que não bebiam nem fumavam e que me respeitavam por meus padrões. Ainda vejo meus velhos amigos e nos cumprimentamos. Mas como eu estava disposto a fazer o sacrifício, o Pai Celestial esteve a meu lado para dar-me a mão.”
“Eu costumava fazer as coisas certas por hábito”, disse Raquel Alonzo, 17 anos. “Fui criada na Igreja, e como tinha sido ensinada a escolher o certo, era o que eu fazia. Mas não sentia isso realmente no coração. Certo dia, quando conversava com minha mãe, senti de verdade o Espírito do Senhor.” Sua mãe lhe contou sobre os imensos sacrifícios que ela havia feito quando jovem para ser fiel ao evangelho e para servir em uma missão, mesmo que isso fosse contrário à vontade de seu pai. “Ela disse que a única razão por ela estar feliz hoje foi porque tinha sido suficientemente inteligente para apegar-se ao Salvador durante toda a vida. Naquele momento, meu testemunho cresceu mais do que nunca. Sou uma filha de Deus, e o Pai Celestial me ama. Mesmo que o mundo caia sobre mim, Ele irá ajudar-me.”

O Poder da Oração em Otavalo

A vida nos vales das montanhas de Otavalo não é tão agitada quanto em Quito. Muitos santos dos últimos dias tecem e bordam belos tecidos para confeccionarem artigos vendidos no mundo inteiro. Muitos fazem seu trabalho manualmente. A maioria das pessoas ali falam quichua em casa e espanhol em todos os outros lugares. Muitos caminham uma hora ou mais para irem à Igreja e para voltarem para casa. Embora os jovens usem uniformes na escola, eles orgulhosamente vestem suas roupas tradicionais ao irem para a Igreja.
Mas, embora a vida seja mais tranqüila ali, as dificuldades são igualmente reais. Os rapazes e as moças precisam se esforçar muito para permanecerem perto do Senhor. Fazendo esse esforço, eles conheceram o poder da oração.
“Quando minha mãe estava sem emprego”, disse Jéniffer Santacruz, 12 anos, “orei para que ela encontrasse logo um trabalho. O Senhor ouviu minha oração, e em um ou dois dias ela encontrou um bom emprego.”
Talvez a oração mais fervorosa que Tamía Moreta, 13 anos, já proferiu foi quando sua mãe estava tendo problemas para dar à luz um bebê. “Orei”, disse ela, “e o Pai Celestial atendeu a minha oração. Minha mãe fez uma cesariana. Meu irmãozinho agora está com um ano de idade, e ele e minha mãe estão com saúde.”
Antes de completar dez anos de idade, Laura Córdova, que hoje tem 15 anos, orou para adquirir um testemunho. “Ouvi outras pessoas dizerem que o Livro de Mórmon e a Igreja eram verdadeiros”, disse ela. “Por isso orei para saber por mim mesma. E o Senhor me deu um testemunho.”
Zasha Maldonado, 15 anos, lembra-se de ter ficado com medo quando uma terrível tempestade estava inundando sua casa. Enquanto os membros da família estavam desesperadamente procurando salvar seus pertences, um dos filhos disse que eles deviam fazer uma oração. “Todos nos ajoelhamos na água e imploramos ao Pai Celestial que nos ajudasse. Depois de alguns minutos, a chuva começou a diminuir. O Pai Celestial atendeu a nossa oração. Com Ele, nada é impossível.”
A oração também ajuda de maneiras menos dramáticas. Jesús Ruiz, 14 anos, disse que freqüentemente procura o Senhor pedindo ajuda quando está tecendo. “Às vezes não me lembro dos padrões”, disse ele, “e peço ao Senhor que me ajude. Ele sempre me ajuda.”
O mesmo se dá com suas tarefas escolares. “Quando tenho prova na escola”, disse Armando Arellano, 16 anos, “peço ao Pai Celestial que me ajude a lembrar o que aprendi. Ele abre a minha mente e faz-me lembrar o que estudei.”
Yolanda Santillán, 17 anos, disse que sua oração mais sincera era que “um dia eu pudesse ir ao templo com minha família para sermos selados. O Pai Celestial atendeu a essa oração. Fomos ao templo! Agora podemos permanecer juntos para sempre”.
Pode ser um desafio viver os padrões que permitem que você entre no templo. Mas a oração ajudou David Tabi, 17 anos, a lidar com as pressões. “Meus colegas de escola fumam, bebem e fazem todas aquelas coisas”, disse ele. “Sempre me convidam a acompanhá-los. Não ligo para o que dizem. Procuro encontrar outros amigos. Há um rapaz em minha classe que também é membro. Nós apoiamos um ao outro.”

Encontrar Amigos em Guayaquil

Guayaquil é uma cidade portuária muito movimentada. Um belo templo novo está de frente para parte da cidade, brilhando luminosamente à noite. Outra luz radiante é a calorosa amizade oferecida pelos adolescentes quando visitamos a cidade — a mesma amizade genuína que oferecem a todos os que precisam de ajuda.
Quando Gabriela Aguirre, 17 anos, mudou-se para Guayaquil, sentiu-se muito sozinha. “Não conhecia ninguém aqui e me sentia infeliz porque as pessoas da escola pareciam muito distantes. Mas encontrei amigas na Igreja! Há 14 moças, e somos muito unidas. Também nos damos muito bem com os rapazes. Meus verdadeiros amigos são os que tenho na Igreja.”
“Quando os rapazes e moças de nossa ala se reúnem”, disse Tatiana Alarcón, 16 anos, “é sempre uma boa experiência, porque somos muito unidos. Somos mais do que amigos, somos como irmãos e irmãs. Cuidamos uns dos outros.”
E então eles estendem a mão para outros que precisam de amizade. Eles visitaram recentemente um lar para pessoas idosas. “Senti realmente o puro amor de Cristo”, disse Tatiana. “Expressamos nosso afeto para as pessoas e cantamos para elas, e elas ficaram muito felizes. Perguntaram quando iríamos voltar.”
Em uma festa que os jovens deram para crianças carentes, “as crianças ficaram felizes com a atividade e os presentes que lhes demos”, disse Katherine España, 14 anos.
“Gostamos muito de reunir-nos para festas, atividades e bailes”, disse Estefanía Gómez, 17 anos. “Também nos reunimos para fazer o trabalho do Senhor. O bispo chamou muitos de nós como missionários de ala. Minha companheira é minha irmã, e incentivamos os recém-conversos e os membros menos ativos. Quando os missionários ensinam uma família que tem um adolescente, eles pedem que os ajudemos. Nós os visitamos, integramos e os convidamos para as atividades. Desse modo, os jovens conversos já terão amigos quando vierem para a Igreja.”
Nas alas com menos jovens, os rapazes e moças ajudam-se mutuamente. “Sou o único rapaz ativo de minha ala”, disse José Olivares, 14 anos. “Por isso vou com um irmão do quórum de élderes visitar os rapazes que não estão freqüentando.”
“Como presidente do quórum de diáconos”, disse Jared Rivera, 13 anos, “incentivo os diáconos a trazerem outros para a Igreja, porque todos precisamos da ajuda do Senhor para lutar contra as tentações. Vamos para a Igreja antes do início da reunião sacramental e fazemos uma oração para que dê tudo certo com o sacramento naquele dia. E visitamos os membros do quórum que não freqüentam a Igreja. Queremos saber como eles estão.”
Ajudar na mesa do sacramento é uma forma importante de servir os membros de sua ala, disse Alex Arancibia, 17 anos. “Toda vez que me ajoelho para proferir a oração sacramental, sinto-me bem sabendo que estou ajudando as pessoas a renovarem seus convênios. É um sentimento de que o Senhor aprova o que estou fazendo. Pensar nas minhas responsabilidades de domingo ajuda-me a fazer as escolhas certas durante a semana.”
Olmedo Roldán, 18 anos, considera o trabalho missionário como um resultado natural da amizade. “Poucos dias depois de eu ter sido batizado”, disse ele, “li na Liahona sobre um rapaz que ajudou os missionários de tempo integral embora fosse recém-batizado. Por isso, no dia seguinte eu também fui ajudar os missionários! E adoro fazer isso. Agora o bispo me chamou para servir como missionário de ala, e estou preparando-me para servir em uma missão de tempo integral. Foi por meio do trabalho missionários que conhecemos a Igreja. Muitas pessoas precisam da Igreja e estão procurando-a. Podemos ajudá-las a encontrá-la.”
“Não tenho um chamado”, disse a irmã mais nova de Olmedo, Grimaneza, 14 anos, “mas procuro ajudar integrando as pessoas. Eu era nova na Igreja, há apenas 14 meses, e sei como é importante ter amigos para apoiar você. Quando há uma moça nova na Igreja, sento-me ao lado dela, procuro conhecê-la e a incentivo a continuar aprendendo o evangelho. E convido-a para ir à reunião das Moças comigo.”

Preparados para Enfrentar Tudo que Vier

“Como jovens, às vezes queremos mudar o mundo”, disse Diana Flores, 17 anos, de Quito. “Mas creio que precisamos prestar mais atenção ao nosso próprio lar e começar a mudar nós mesmos.” Diana e outros jovens do Equador são gratos pelas maneiras que o evangelho os ensina a colocar Jesus Cristo e Sua Igreja no centro da vida deles. “O Pai Celestial nos ama muito”, disse ela, “e deu-nos todas as ferramentas de que precisamos, como as escrituras, o evangelho, o templo, nossa família. Sabemos que somos Seus filhos e que estamos aqui para progredir. Podemos ter paz, sabendo que estamos sendo preparados para enfrentar tudo o que tivermos que enfrentar.”

Não estou mais sozinho

“Por muito tempo”, disse Jhon Tobar, 17 anos, de Quito, “deixei-me levar pelos meus amigos, e não tinha um bom relacionamento com meus pais. Mas aprendi que se você perder a confiança de seus pais e irmãos e irmãs, é como se estivesse sozinho. Acabei de ser entrevistado pelo meu bispo, nesta manhã. O bispo é meu pai. Posso dizer agora que não tenho melhor amigo do que meu próprio pai. Eu o amo muito. Ele é meu melhor exemplo.”

Apenas uma reunião informal?

“Certa noite tivemos que escolher entre uma festa na Igreja e outra festa na qual ninguém era membro da Igreja”, disse Estefanía Gómez, 17 anos, de Guayaquil. “Decidi que não queria ir à festa da Igreja. Quando cheguei à outra festa, havia muita gente fumando e todos estavam bebendo. Senti-me muito mal, e sozinha. Aquele que eu procurava manter comigo, o Espírito Santo, ficou do lado de fora, porque não entra em lugares impuros. Depois de dez minutos, telefonei para meu irmão pedindo que ele me levasse para a outra festa.
Precisamos tirar proveito das festas e amigos que temos na Igreja. Muitos de nossos amigos podem estar em outras festas, e podem dizer que é apenas uma reunião informal. Mas não é apenas isso. Geralmente se transforma em outra coisa, e isso não é bom para ninguém!”

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